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Na introdução alimentar, bebês podem comer carne?

Por serem fontes de proteína e ferro, as carnes podem assumir um papel significativo na dieta das crianças. Saiba como oferecê-las para o seu filho

Após seis meses de aleitamento exclusivo, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), chega o momento de diversificar o cardápio dos pequenos. Durante essa fase de introdução alimentar, é natural que os pais tenham dúvidas sobre o que oferecer para os filhos. Uma das principais perguntas é se é adequado incluir a carne na dieta do bebê. Esse alimento pode, sim, fazer parte da rotina alimentar dos pequenos, mas é importante que esteja bem passado e sem sangue.

As carnes podem assumir um papel significativo na dieta das crianças por serem fontes de proteína e ferro, fundamentais para o desenvolvimento dos bebês. “Embora existam várias tendências e técnicas de introdução alimentar, a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é começar progressivamente, primeiro amassando os alimentos, a carne moída, o frango desfiado, e até 1 ano ir aumentando devagar o tamanho dos pedaços até chegar à comida da mesa”, afirma à CRESCER Débora Passos, pediatra, neonatologista e nutróloga da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Pro Matre.

“Sempre recomendo, junto com a alimentação amassada, na colher, também oferecer um brócolis, uma couve-flor ou uma tira de carne para a criança chupar. É importante ter esse contato. A gente só evita alimentos crus, tanto para crianças quanto adultos, devido ao risco de bactérias e parasitas que podem ser transmitidos”, explica a especialista.

COMO PREPARAR

Para servir a carne de forma adequada, é preciso escolher qual tipo fará parte do cardápio do seu filho. Segundo a nutricionista Thais Lara, da Clínica Nutrir-Bem (SP), desde que sejam magros e bem limpos, todos os cortes de carne bovina estão liberados, porém, devem ser servidos na forma cozida ou grelhada – deve-se evitar os preparos fritos. Nos primeiros seis meses de introdução alimentar, as carnes de peixe e frango também são bem-vindas. Vale lembrar que, antes disso, não se deve usar sal para temperar nenhuma delas.

Como os bebês ainda não têm dentes, algumas mães têm dúvidas sobre como servir a carne na refeição. De acordo com a nutricionista, ela deve, de início, ser oferecida desfiada ou moída – uma dica importante é pedir ao açougueiro para moer a peça três vezes. “Não se deve bater a carne ou fazer caldos, pois os bebês devem se acostumar com a textura do sólido”, defende a nutricionista. Além disso, ao mastigar os sólidos cortados em pedaços pequenos com a gengiva, os bebês estimulam as estruturas orofaciais, importantes para as funções mastigatórias e de fala.

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