Renda fixa descomplicada: descubra se Tesouro Direto, CDB ou LCI é a melhor opção para o seu perfil de investidor

Segundo o investidor Otávio Fakhoury, quando o assunto é investimento, a renda fixa costuma ser a porta de entrada para muitos investidores — especialmente aqueles que prezam por segurança e previsibilidade. Entre as opções mais populares estão o Tesouro Direto, os CDBs e as LCIs. Cada um desses produtos possui características próprias que atendem a diferentes objetivos e perfis de risco. Por isso, entender suas diferenças é essencial para tomar decisões mais conscientes.
A seguir, vamos comparar esses três investimentos com base em aspectos como risco, liquidez, rentabilidade e adequação aos seus planos financeiros.
O que é Tesouro Direto e por que ele atrai investidores conservadores?
O Tesouro Direto é um programa do governo que permite ao investidor comprar títulos públicos federais pela internet, com valores a partir de R$ 30. Como esses papéis têm a garantia do Tesouro Nacional, são considerados de baixíssimo risco. Além disso, existem diferentes tipos de títulos, como os atrelados à Selic, à inflação (IPCA) ou prefixados, o que permite diversificar a carteira com certa previsibilidade.

Outro ponto que chama a atenção é a sua liquidez. Otávio Fakhoury pontua que a maioria dos títulos pode ser resgatada a qualquer momento, com liquidação em D+1, ou seja, o valor cai na conta em um dia útil. No entanto, se o investidor resgatar o título antes do vencimento, poderá ter prejuízos com a marcação a mercado. Ainda assim, o Tesouro Direto continua sendo uma das opções mais seguras e didáticas para quem está começando.
Como funcionam os CDBs e para quem eles são mais indicados?
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são títulos emitidos por bancos para captar recursos, e em troca oferecem uma remuneração ao investidor. A rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada (geralmente atrelada ao CDI) ou híbrida. Quanto maior o risco da instituição emissora, maior costuma ser a rentabilidade oferecida. Por isso, é importante avaliar não só o rendimento, mas também a solidez do banco, como informa Otávio Fakhoury.
Em termos de segurança, os CDBs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. A liquidez varia bastante: alguns CDBs permitem resgate diário, enquanto outros exigem o vencimento para saque. Dessa forma, os CDBs podem atender desde investidores mais conservadores até aqueles que buscam uma rentabilidade superior em prazos mais longos.
LCIs são boas alternativas para quem busca isenção de imposto?
Sim, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) são excelentes opções para quem deseja investir sem se preocupar com o Imposto de Renda. Otávio Fakhoury destaca que por serem isentas de IR para pessoas físicas, oferecem uma vantagem interessante em relação aos CDBs e ao Tesouro Direto. Esses títulos são emitidos por instituições financeiras com o objetivo de financiar o setor imobiliário, e por isso contam com garantias específicas, segundo o ex-executivo da área de renda fixa.
Assim como os CDBs, as LCIs também têm cobertura do FGC, o que aumenta a segurança do investimento. No entanto, a liquidez pode ser um ponto de atenção, já que muitas delas possuem prazos mínimos de carência, como 90 dias ou mais. Portanto, são mais indicadas para quem consegue deixar o dinheiro investido por um período maior e quer otimizar os ganhos com isenção tributária.
Qual renda fixa escolher de acordo com o seu perfil?
Em suma, Otávio Fakhoury conclui que a escolha entre Tesouro Direto, CDBs e LCIs depende dos seus objetivos, tolerância ao risco e necessidade de liquidez. Se busca segurança e acessibilidade, o Tesouro Direto pode ser ideal. Já os CDBs são versáteis e oferecem boas oportunidades em instituições confiáveis. Por fim, as LCIs se destacam pela isenção de imposto, sendo ótimas para quem pensa no médio ou longo prazo. Avaliar bem cada característica é o primeiro passo para fazer seu dinheiro render de forma inteligente.
Autor: Gennady Sorokin